Completei 25 anos agora em Dezembro. Foi um baque, uma ancora que prendeu meus pés no chão e me fez lembrar que até pouco tempo, quando ainda não tinha a pouca autonomia que tenho, imaginava o que seria da minha vida aos 25 anos. Não sou nem parecido com o que imaginava ser minha vida aos 25.
Não é de todo mal, nem é fruto do acaso, e é por isso que o post chama-se macro e micro. As grandes mudanças da sociedade(macro) são determinantes no nosso cotidiano(micro). Aos 25 anos meu pai estava casando e minha mãe já era, bem, minha mãe já era minha mãe nessa idade. Por isso tantos conflitos, por isso a preocupação da geração que nos colocou no mundo com o nosso futuro, mas não da pra voltar atrás, como se o passado fosse lindo e glorioso e o futuro apenas trevas, isso é um erro, se não estamos bem hoje é resultado de um passado que não foi feito da maneira certa.
A gente ta correndo atrás do desenvolvimento aqui no Brasil. Que bom. Os países desenvolvidos são muito legais...pra passar férias. Mas sacrificar nossa vida pra chegar num ponto em que as desigualdades serão maiores, o consumo de drogas será maior e a violência e o caos urbano vai ser o preço que a grande maioria vai pagar pra que poucos tenham um futuro mais confortável(que não significa de forma alguma mais feliz).
Fazer o que se estamos dentro dessa realidade?
Eu gosto de desencantar as pessoas...de faze-las pensar um pouco mais sobre o que estamos correndo atrás...mas enquanto isso, estou correndo atrás, e está ai um grande paradoxo na minha vida...to correndo em direcção ao que eu não quero, mas pelo menos eu sei pra onde estou correndo.
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Eu realmente não sei se é impressão minha, mas a maioria das pessoas acredita que teria muito mais autonomia nessa idade do que a juventude tem conseguido ultimamente(e eu nesse caso vou com maioria).
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