24 maio, 2010

É ou não é?

 O virtual torna o regional global e expõe que o tosco agrada em qualquer lugar...

http://www.youtube.com/watch?v=lp_PIjc2ga4&feature=related

21 maio, 2010

To pensando ae...

Diretamente de Cubatão para o seu coração...

Pois bem, o hotel fica bem na frente de uma igreja, uma Congregação Cristã, pra muitas pessoas isso pode ser irrelevante, pra outras tantas irritante, pra mim é reflexivo. Irritantemente reflexivo, porque tudo que tange o espiritual mexe com a dimensão do transcedental e não consigo ficar indiferente ao que tange esse lado da existencia. Sou racional demais. Tenho muita dificuldade em aceitar qualquer filosofia pronta, "pero" racional de menos pra acreditar que somos meras coincidências sem lógica num universo entre muitos. Do nada pra lugar nenhum. Talvez pensar assim seja mais comodo até do que aceitar os ensinamentos religiosos sem pestanejar, não acreditar em nada, quem diria, pode ter suas semelhanças no que diz respeito a valvula de escape de quem acredita em tudo.

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O que move as pessoas? Não conseguimos responder a essa pergunta com facilidade, porém da pra ver que o mundo é movido por e em função do dinheiro. Digo isso porque hoje, mais do que a algum tempo atrás, consigo ver o tanto que a econômia macro, de mercado, impacta na nossa vida cotidiana. Por isso cabe uma reflexão, se o mundo é movido em função do dinheiro e é coerente afirmar que as pessoas movem o mundo, logo, nossa rotina é fazer essa roda girar, no blues da distração.

Por isso o caos...

É disso que temos medo, da hora que não pudermos mais ajudar, quando nos tornarmos invalidos pra manutenção dessa engrenagem. E é inevitavel, é irremediavel, não tem outro e alguns afirmam que é a melhor forma possível. E quer saber sinceramente? Não sei, prefiro achar que não, mas de verdade não sei se essa vida louca, essa destruição e necessidade voraz que fazem nosso sistema funcionar são o pior ou o melhor dos mundos.

PS: Obrigado pelos comentários, e pelas...não sei dizer...selos que vocês tem nos dado, espero retribuir assim que puder sentar com mais tempo na frente do PC. Vou retribuir, preciso deixar de ser nOObiE e usar a net mais plenamente...mas valeu mesmo pessoal.

17 maio, 2010

amanhã é amanhã

Lembro-me de algum lugar onde dizia que a gente só escreve na dor.

Poisé.

Agora que o chão abriu e eu fiquei entre o buraco sem saber se caía ou se tentava me escorar em algum dos lados, nessa hora, a única coisa que pensei foi em abrir aqui.
Todo fim de qualquer coisa é assim, dolorido dolorido mas é como algum trecho de caio fernando que dizia que as dores vão ficando cada vez mais facilmente superadas, há uma calmaria e uma mansidão nessa dor que assusta. talvez pelo pressentimento ou talvez pela naturalidade de tudo que aconteceu, um acaso ocorrendo inesperadamente e desesperadamente que não tinha como ir muito adiante. racionalmente faz tudo tanto sentido e por isso acaba sendo tão bom "falar", até pra mascarar a dor que não quero sentir, esse sentimento irracional de inferioridade e mea culpa e todo o medo do nunca mais.

na verdade tudo que eu escreveria a partir de agora seria um plágio disso:

"...Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo..."
caio fernando abreu

e a vida continua...